quinta-feira, 15 de maio de 2014

"Untitled"

[...]
Eu sei, eu poderia estar querendo demais ao te ver partindo e mesmo assim querer que você ficasse.
Eu sei a vida não é só de ganhos, mas se fosse seria simplesmente mais fácil, menos doloroso, sentiria menos saudades e aquele aperto que me sufoca por dentro não existiria, seria tudo mais fácil, mas não seria mesmo vida, se fosse tudo fácil.
Mas é que é difícil ter de dizer adeus aquilo que me prendeu e meu deu um novo ar, um novo motivo, uma nova esperança. Aquilo que me mostrou que mesmo a vida não sendo fácil, pra mim, nem pra ninguém ela ainda é bela e deve ser vivida, mas e agora? 
Se eu tento desesperadamente te encontrar e não consigo, se eu corro pra te alcançar, mas eu nunca alcanço, se eu luto comigo mesmo para não deixar isso me abater, mas é inevitável, eu queria viver esse mundo que eu começava a descobrir contigo.
Mas eu não posso mesmo te culpar por algo que consequentemente iria acontecer.
Não sei bem se foi real, ou foi um mero sonho, conhecer alguém que despertou em mim, mais do que eu achava ser capaz, despertou em mim sorrisos e esperanças, me fez sonhar e agora...
E mesmo depois de tudo, eu procuro esse amor, um amor que eu já encontrei, mas deixei fugir...

sábado, 3 de maio de 2014

"Eu Também Não Entendo"




Eu senti a ponta do amor perfurar aquela casca dura que envolvida em meu peito, eu senti o letal veneno de amar, entrando em meu corpo e seguindo o fluxo em minhas veias junto com meu sangue, me fez sentir o estômago esfriar, um leve toque de adrenalina me tomou, subiu ao cérebro e me dopou, estava anestesiado por esse amor.
Ele foi seguindo seu rumo, foi se instalando e com o tempo se acomodando no meu peito, esse amor era tão forte e tão intenso que não cabia mais em mim somente, que sufocado começou a perfurar-me novamente deixando a casa vazia, encendo minha mente, perfurou mais o peito, saía como fugitivo, saiu pelos meus olhos, quebrou as esperanças, furtou os meus sonhos, deixou apenas a lembrança e pequenos estigmas que tornam a doer sempre em minha mente. Agora o que eu também não entendo, qual o sentido interino de amar!? É conhecer e gostar, se apaixonar e aceitar e depois esquecer? É pegar emprestado a vida e o sentimento de outra pessoa e achar mesmo que aquilo é seu? É lutar e até gritar, mesmo sem ninguém escutar que o seu mundo está ali e de repente ele não é mais seu?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Eu também não entendo.