segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Posso sonhar?




Sinto que fui levado, algo que não compreendo bem.
Onde está minha lágrima, o meu sorriso?
Onde posso encontrar aquela linha? A do desespero...
Onde encontrar o meu desapego, neste abandono, neste sentimento
dramático e todo derramado, que faz minha alma transbordar de melancolia.
Com uma pitada de solidão, que inquieta o meu coração.
E fica na entrelinha da razão e da loucura.
Vejo naquilo tudo, conceito e um suspiro,
nada faz sentido neste caminho.
Veja o céu e nele as estrelas que caem, jogam seus brilhos fora,
por sonhos, ideias e sentimentos.
Se eu for como uma estrela e embarcar neste sonho, o que eu faria?
O que me faria voltar atrás, o que me permitiria tentar de novo?
Não sei pra onde vou, meus pés estão cansados, a cabeça esta pesada,
meu corpo esta caindo em cansaço e desilusão.
Posso sonhar esta noite ou não?
Ainda não...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

"Quanto vale uma solidão"


Qual o preço deste pequeno rio que corre em tua face?
Quanto vale este sentimento destroçado, em pedaços pelo chão?
Vale, mesmo uma madrugada?
Uma noite mal dormida?
Uma noite sem luar?
Vale a pena se calar e tentar suportar tal dor?
Essa dor de se quebrar, formar em vários pedacinhos e se espalhar por ai com o vento,
seguir sem rumo, apenas deixar-se ir, por um simples sentimento?
Que de tão belo, tornou-se um pesadelo.
Vale um sorriso perdido?
Vale algo mais para te fazer acreditar que o sol vai surgir e que mesmo assim você,
nem vai ligar, vai até parecer que ele não vai estar lá.
E este rio constante, um dia vai parar?
Não em seu sentido literal de dizer, pois essa mágoa vai continuar. Eu sei.
Mas será mesmo se vale a pena fechar os olhos?
E não ver o que o mundo te oferece?
Afinal a dor nos cega, nos ensurdece, mas não, a dor não nos cala.
A dor apenas silencia a razão, e abre a oportunidade para o coração, gritar, chorar...
E o coração sabe bem o que faz?
Vale a pena sacrificar um dia todo?
Com um coração desentendido e totalmente perdido, sem saber pra onde seguir?
Vale a pena, uma tarde em prantos, por algo que espera apenas o passo inicial.
O mais doloroso, o mais difícil, o mais necessário.
Vale largar tudo, por um dia prolongado de uma solidão inestimável?
Vale mesmo?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Pequena Solidão II"




[...] E se esse sentimento fosse mesmo para ser sentido?
Se fosse pra gostar, pra fazê-lo grande e ainda alimentar.
Seria mais útil mima-lo, ao invés desta erosão no meu peito,
mais agradável de senti-lo do que o gosto deste whisky barato?
Mas e se ele fosse mesmo tão legal, único e encantador,
porque então assim traria tanta dor?
Esse amor que já havia esquecido. Mas a dor que jamais o deixou.
Falava mais alto e o fazia se afastar daquele sentimento.
E mesmo em meio a tudo, queria entender.
Entender, porque sentir algo que lhe consumia, para quê?
E mais uma noite caía, suas respostas nunca chegariam aquele porto.
Estava ali, mas apenas de imagem, pois seu pensamento vivia uma viagem
onde seu coração queria estar.
Uma calma que desejava, que encontrava nesse mar.
E mais uma vez para conseguir dormir iria se embriagar.
Mais uma vez aquelas palavras lembrou.
"E se o amor, te fizesse bem? Te fizesse feliz, por um momento, você poderia
ao menos tentar, uma vez. Uma vez mais!"
Mas era besteira pensar, que tudo aquilo podia mudar.
Preferia ver tudo acabar e continuar ali, com sua dose, sentado na mesa de um bar [...]