terça-feira, 30 de julho de 2013

"Quando Te Vejo"















Devo estar ficando maluco?
Ou é apenas o sono que me rodeia a mente e os sentidos.
Te vejo no espelho, no porta retrato vazio,
tenho vertigens com a tua imagem, as tuas formas e cores,
se confundem em minha mente e os meus olhos me enganam.
Te vejo, no espelho, na TV, nos livros e nas capas de CD.
Vou a loucura, porque eu te vejo até na fumaça daquele cigarro,
aquele que eu nem fumo. 
Te vejo nas ruas e nos jornais, perco me em teus braços.
Sonhando acordado com o teu sorriso.
Quando te vejo por ai, nos meus pensamentos,
quando te sinto me tocar.
E quando não te vejo, vem aquela vontade de chorar.
Procuro por ti, em cantos e encontros da cidade
te busco no jardim, no brilho sem fim das estrelas,
no luar, passo o dia a te procurar.
E te encontro assim em todos os lugares.
E você onde vai me achar?

Elton Marques

terça-feira, 23 de julho de 2013

Esse cheiro de café, me faz lembrar,
lembrar de muitas coisas, as vezes tristes
as vezes felizes, são lembranças que mesmo dolorosas,
são para mim, valiosas demais, para que eu esqueça.
Hoje eu acordei com aquela preguiça boba, preguiça de uma segunda,
mas que surpresa, hoje já é terça e eu nem me dei conta.
A neblina lá fora aumenta minha nostalgia.
E eu que costumo ser melancólico... É, hoje não é diferente.
Mas a noite, foi boa, passou de pressa e logo acabou,
mas não tenho do que reclamar.
Senti você em minha cama junto comigo,
senti até o seu cheiro e acordei com um desejo maior, desejo de você.
Está tocando John Mayer, aquela que você mais gosta.
Apenas essa xícara de café me acompanha,
mas parece que te vejo saindo do quarto, vestindo aquela minha blusa.
Mas, infelizmente é apenas lembranças se misturando com saudade e desejo.
A neblina ainda está densa, e vai embaçando o vidro da janela.
E eu fico aqui trancado com as lembranças e o meu café,
esperando por você, onde quer que esteja.

Elton Marques

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Lembrança


Hoje o dia acordou, com um ar de renovação.
Algo está diferente, as pessoas vão, as pessoas vem,
nada nisso mudou, não pelo que percebi.
Mas tem algo estranhamente diferente, para mim.
Algo que eu sinto, hoje o dia esta quente, como uma manhã de verão.
Uma manhã de verão em pleno inverno.
Vejo esses rostos e eles me parecem novos,
mas são velhos conhecidos, os mesmos rostos de sempre,
mas agora com algo no olhar, que eu jamais tinha visto.
O vento hoje, está calmo o calor penetra por sobre a roupa.
Hoje é, desnecessário aquela roupa de inverno.
Minha mente está voando, sentindo esse calor.
Minha mente não quer parar.
E eu retorno aquele lugar, àquela manhã de verão.
Era como hoje, um vento calmo, um calor chamativo, um dia lindo.
Mas algo era diferente, naquele dia, referente a hoje.
Mesmo com o calor, meu coração, não se aquece,
mesmo com tanto brilho, ele ainda está escuro.
Sozinho e calado, sofrendo as lembranças,
lembranças de um verão, lembranças de um dia.
Lembranças que não voltarão.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"PequenaSolidão"




Aquele homem, cansado, da vida, das circunstâncias, das pessoas.
Vivido de inúmeras primaveras.
Pousava assim os seus pensamentos e deixava seus olhos caírem,
lentamente, como se não fossem voltar a se abrir novamente.
Estava lá, como de costume, estava novamente de frente para o mar.
Ali passava seus longos momentos de solidão, seus olhos se abriam
tão lentamente como um passo, vagaroso e cuidadoso.
Esboçavam um olhar distante, as vezes quase sem vida.
Não via razão em nenhuma razão que as pessoas lhe tentavam empurrar
e lhe fazer acreditar. Não via aquela luz que muitos diziam existir,
chegava a sonhar com essa pequena ilusão, com esse estranho amor,
mas nada era confirmador, nada chegava perto de tornar-se esta ilusão.
Já tinha perdido as contas dos planos e das vezes que tentou amar.
Que tentou mudar, tudo o que pensava, mudar e reverter toda essa solidão.
- E se o amor, te fizesse bem? Te fizesse feliz, por um momento, você poderia
ao menos tentar, uma vez. Uma vez mais! - Disse-lhe um companheiro certa vez.
-  Não se repete um erro, meu caro, não propositalmente! - Respondeu ele. [...]