segunda-feira, 24 de março de 2014

"Gelado Coração"
















O céu escureceu em meu olhar, o mundo girava.
Nada substancialmente me fazia falta e provavelmente,
eu não correria atrás de algo que fizesse...
Apenas deixaria aquele silêncio durar, durar e durar mais um pouco,
porque sim, aquela noite poderia ser eterna e aquele frio poderia ficar,
ficar em mim, em meu olhar, em minhas palavras, em meu coração.
Ajustaria a minha vida no tic-tac do relógio, estaria constantemente
em inconstância, não deixaria entrar nada, nem mesmo ilusões.
Sim eu estaria fechando os meus sentimentos,
privando meu coração de futuros arranhões...
Gelado seria, talvez mesmo sem razão
Frio, frio, frio.
Gelado coração.

segunda-feira, 3 de março de 2014

[...]

Os ventos sopraram pra'quela direção, mas não sabia se era o caminho certo a se tomar. Deixava apenas o balançar das linhas imaginárias levar aquele meu olhar para um mundo distante daqueles submundos inconscientes, deixava o pensamento voar pelas ilusões de amar, de amor de uma luz contraditória à escuridão profunda do abismo daquele olhar. Os ventos ainda sopravam mais um nevoeiro que eu não podia tocar. Inconstante e sombria verdade que vinha se propagar, via-se no fundo dos seus olhos o medo sôfrego de se entregar e mentia para si mesma tentando se conformar de que jamais teria sido feita pra outra coisa a não ser sentir o vento soprar e ver o tempo passar, parada ali diante ao desespero.